Para ler com calma
Sexo casual, o que significa aprender e quem cuida da sua velhice
Por Luíza Feniar Migliosi
Sexo Casual é ruim?
“Mas enquanto a ameaça de um momento ruim sempre fez parte do pacote de dormir com um estranho, aqueles de nós que aspiram a operar como agentes sexualmente livres, sempre otimistas, esperavam que com a idade e a educação, a qualidade dos encontros casuais melhorasse. Em vez disso, o sentimento de desespero entre as jovens mulheres envolvidas em sexo casual atingiu um ponto crítico.”
Considerando todas as reflexões recentes que temos sobre consentimento e prazer feminino, já pensamos ter passado por esse debate - mas parece que não terminou. Especialmente sobre sexo heteressexual, ainda existem muitos estigmas que são pouco falados. Com o volume maior de aplicativos de namoro, a casualidade se tornou central no debate sobre gostos e limites do prazer para mulheres. A matéria da revista The Cut aprofunda o assunto.
Dar uma sumida pode ser a resposta
Em tempos de conexão ininterrupta, sumir do ciclo social pode ser a melhor coisa para a sua saúde mental. Se você parar para pensar, quantas coisas você faz no automático? Certas vezes, passar um compromisso para outro dia pode ser melhor do que se distrair durante todo o encontro por falta de forças para estar presente por inteiro. O questionamento do The Summer Hunter é que ninguém vai se importar tanto se você sumir por uns dias.
O que realmente significa aprender?
“Padrões de pensamento estabelecidos agora serão refeitos mais tarde; ideias encontradas primeiro na arte nos prepararão para o resto da vida. Isso parece arriscado e vago, até você refletir sobre o fato de que o conhecimento quase nunca chega no momento de sua aplicação.”
O fato é: o conhecimento que adquirimos cedo na vida fica armazenado. Refazemos nossas ideias ao longo dos anos, claro. Mas os conceitos que temos contato por meio da arte permanecem no ideal que moldamos. Quando iniciamos nossas vidas de leitores, por exemplo, o conteúdo pode não fazer sentido naquele momento, mas, anos depois, pode se tornar peça fundamental para os relacionamentos humanos. A matéria da revista New Yorker mostra como nossa vida é impactada pelo aprendizado.
Quem cuidará de você na velhice?
A maternidade ganhou uma nova faceta quando foi compreendida como opção - não obrigação. Mas o debate recente que está tomando a internet levanta um ponto relacionado ao tema: quem cuida da pessoa quando ela se torna idosa? Ter filhos parece não ser a solução para isso. Segundo algumas pesquisas, cerca de 50% dos casos de abusos contra idosos são cometidos pelos descendentes, incluindo agressões psicológicas, físicas ou prejuízos financeiros. Apesar das contribuições dos avanços tecnológicos e da maior qualidade de vida, a preocupação e as novas formas de arranjos preocupam mais as mulheres. Vale a pena mergulhar no debate feito pela revista TPM.
Cool Drops
Não podemos deixar de falar sobre…
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Com Spoiler
Quem indica um livro pelo trecho é a escritora Marcela Dantés
Cada um vai desenhar a sua mãe. A caixa de lápis no meio da roda. O papel em branco na minha frente. Eu levantei a mãozinha, como uma boa menina educada que sempre fui: Tia, eu não tenho mãe. Os olhos dos coleguinhas em mim. A professora nem pestanejou: continuou distribuindo os papéis: Todo mundo tem mãe, Catarina. Eu baixinho, quase muda: eu não tenho, tia. E aquilo entrando esquisito, aqui, aquela falta toda de mãe aparecendo de uma vez: eu só tenho vó. Então desenha a sua avó, foi a solução que ela arrumou. Desenha a sua avó, Catarina, que vó é mãe duas vezes. Eu não desenhei.
Todo mundo tem mãe, Catarina, Carla Guerson