Ronda da Semana | O movimento anti smartphone, o conservadorismo e a beleza e o que caracteriza uma pessoa altamente sensível
Uma curadoria semanal de notícias, pensatas e dicas
Para pensar…
Há semanas em que tudo parece nos empurrar para dentro: da pele, da mente, da tela. Sentimos demais, comparamos demais, olhamos demais. É nesses momentos que vale a pena parar e observar o que está por trás dos nossos reflexos — por que seguimos padrões que não escolhemos? Por que deixamos que o tempo se dissolva no scroll? Nesta Ronda da Semana, falamos sobre a sensibilidade como potência, sobre os recuos estéticos que mais parecem controle que beleza, e sobre o desejo crescente de escapar das amarras digitais. Talvez o futuro comece quando conseguimos, mesmo por um instante, sair do automático.
Por @oliviaanicoletti
Para ler com calma
O movimento anti smartphone, o conservadorismo e a beleza e o que caracteriza uma pessoa altamente sensível
De volta ao futuro
Sabe quando recebemos aquele push de quantas horas passamos no telefone por dia e um mal estar generalizado se instaura? Pois é, a contemporaneidade nos fundiu aos nossos smartphones a ponto de a vida parecer ficção científica. Mas uma nova tendência começa a questionar esse elo. O movimento anti smartphone vem ganhando força ao resgatar tecnologias antigas (alô, tijolões dos anos 2000) e propor alternativas curiosas: celulares que não funcionam de verdade, mas acalmam a ansiedade de quem só sossega com algo nas mãos. Uma provocação divertida — e necessária — sobre como reaprender a estar presente.
Beleza ou controle?
O mundo da beleza parece ter virado a ampulheta e, da busca pela inclusão da diversidade, voltamos a um ideal ultra‑magro, conservador e cirurgicamente polido. Da #SkinnyTok, a estética “tradwife” e o sucesso do Ozempic, a Dazed apresenta, nesta matéria, um ecossistema de conteúdo que enaltece corpos esguios e a submissão feminina. É um texto que expõe como beleza e poder caminham juntos e o que acontece quando a estética se torna ferramenta de controle ideológico e exclusão.
Sensível demais
Ser altamente sensível não é fraqueza nem exagero, é estrutura. Pelo menos é o que diz o texto publicado na aeon, que encontramos na newsletter New Plan. Nele, a psicóloga Elaine Aron destrincha o que significa ter um sistema nervoso que capta nuances antes mesmo de se tornarem evidentes para os outros. Pessoas altamente sensíveis pensam mais, sentem mais, percebem mais. E, por isso, também precisam de mais tempo para se recompor. Uma leitura que ajuda a entender esse traço com mais generosidade e talvez reconhecer um pouco de si no caminho.
Cool drops
Não podemos deixar de falar sobre…
Este post que mostra alguns dos livros encontrados na biblioteca do cineasta David Lynch
A feira do livro da revista 451, que fica até o dia 22 no Pacaembu, em São Paulo
O guia de restaurantes criado por Mari Ribeiro para a Trois Monceau
Estamos sonhando com…
Meias quentinhas e divertidas para usar nos dias frios
Guardado na memória
“Penso que o meu trabalho tem muito a ver com a arquitetura. Todas as coisas que estão presentes na minha casa acompanham o que admiro na alfaiataria: os ângulos retos, as formas mais geométricas, um tecido que se molda ao corpo”